Este é um período de regresso à rotina após uma fase de liberdade das obrigações, dos horários e demais preocupações, pelo que pode gerar alguma ansiedade
Siga os conselhos dos especialistas para garantir um regresso o mais tranquilo possível e aproveite para rever os temas que a MedSUPPORT abordou durante o último ano de colaboração com O JornalDentistry.
-Assimetria da Informação?
-Gestão do licenciamento - uma nova rotina
-O utente pós-crise: do consumo desenfreado ao consumo consciente?
-A liderança como instrumento de sucesso.
-A regulação e o crescimento económico
-II Seminário MedSUPPORT - GERIR NA ECONOMIA DE PARTILHA
-A importância da formação em Suporte Básico de Vida
-A Engenharia Clínica em Portugal está ainda numa fase muito inicial do seu desenvolvimento
Todos os artigos estão disponíveis para download em www.medsupport.pt na secção “Documentação para si”. Neste artigo encontrará um resumo dos destaques que o ajudarão a percorrer os temas debatidos.
A assimetria da informação é um fenómeno económico que ocorre quando, em qualquer tipo de transação, uma das partes tem mais e/ou melhor informação do que a outra, e com isso, consequentemente obtém vantagem na negociação.
Coloque-se no lugar do utente, imagine que precisa de um qualquer tratamento dentário e encontra vários sites de clínicas de medicina dentária na sua cidade, mas ao falar do assunto com um amigo ou familiar, ele recomenda-lhe o seu dentista. Qual a clínica que iria preferir: uma das clínicas que pesquisou, mas não conhece ou a recomendada pelo seu amigo/familiar em quem confia? Qual seria a sua escolha natural?
A MedSUPPORT sempre considerou que a assimetria da informação só beneficia os estabelecimentos de menor qualidade, pelo que procura criar mecanismos de informação ao utente, que apoiem as unidades de saúde, suas clientes, a mitigar esta assimetria.
Melhorar a qualidade é continuamente procurar que o serviço melhore, já assegurar (manter) a qualidade é permanentemente empreender ações que mantenham o patamar de qualidade acima do nível pré-determinado.
Na realidade, manter a qualidade mínima é manter os requisitos mínimos para funcionamento. E, falar em vigilância sobre esses requisitos é falar em gestão do licenciamento.
Faz sentido pensar em melhorar a qualidade, sistematiza-la e até certifica-la apenas depois de estar assegurada a sua manutenção. Porquê? Porque existe o risco de que a concentração do esforço da implementação de um sistema de qualidade possa desfocar da necessidade de ter a manutenção da qualidade mínima debaixo de estrita vigilância.
A determinação do patamar de qualidade é claramente decidido pela gestão, operacional e clínica, mas existe um limiar para a gestão operacional abaixo do qual a unidade de saúde não deve baixar, que é o patamar dos requisitos mínimos estabelecidos para funcionamento.
Após atingir um determinado nível, seja o mínimo legal ou superior a este, deve ser feito um esforço contínuo por manter esse plano, essa qualidade.
A MedSUPPORT desenvolve trabalho de debate e reflexão sobre as questões que preocupam os profissionais de saúde seus clientes ou que podem para eles ser importantes no desenvolvimento da sua atividade, procurando antecipar cenários e apoiando na construção de estratégias diferenciadoras.
As restrições ao consumo resultantes da crise económica transformaram os utentes levando-os a procurar mecanismos que lhes permitissem tomar melhores decisões como as ferramentas de busca e partilha em redes sociais. Estas novas ferramentas dotaram os consumidores de capacidades melhoradas na sua tomada de decisão, alterando-a e alterando consequentemente o seu anterior padrão de consumo. Assim, o referido autor aponta quatros estratégias principais para acomodar as expectativas destes “novos” utentes.
-Procuram tirar o máximo valor de cada euro gasto e gastá-lo com sentido.
-Procuram conhecer e partilhar os valores com o prestador.
-Procuram resiliência e durabilidade.
-Procuram senso de pertença, de fazer parte de algo, de estar integrados na “comunidade”.
A inteligência emocional definida por Joshua Freedman como “a capacidade de usar as emoções de forma eficaz - a competência-chave para se relacionar com as pessoas para manter a motivação e para tomar melhores decisões,” é tema central em muitos fóruns internacionais de negócios.
O autor, estuda e publica, há vários anos, o papel da inteligência emocional no sucesso das organizações e conclui que, o maior desafio de uma organização são, precisamente, as questões de liderança.
Pode então ser a liderança um instrumento de mudança?
Depende da liderança disseminar pela organização uma cultura de segurança e melhoria contínua que inspire ações transversais no tratamento com o utente que, simultaneamente, lhe inspire confiança e envolvimento com o prestador. Estima-se que estas ligações emocionais, empáticas e sensoriais, estarão lado a lado com a competência técnica e resultados clínicos, no momento da decisão do “novo” utente em saúde. Para novos utentes, novos lideres, com novas competências.
No artigo sobre “a regulação e o crescimento económico” a MedSUPPORT analisou o trabalho da consultora Delloite, no seu trabalho “2015 Global health care Outlook”, perspectivava para 2015 quatro grandes temas para o setor da saúde: custos, adaptação ao mercado, inovação digital e regulação e compliance.
A propósito do impacto que a regulação no setor da saúde terá na economia do setor recomenda o referido estudo:
“Faz sentido, do ponto de vista clínico e de gestão de negócio, assumir uma abordagem baseada no risco, no planeamento, execução e monitorização da compliance num ambiente fortemente regulado e com intensidade de riscos.”
Em março realizou-se o segundo seminário MedSUPPORT, desta feita, dedicado ao tema do consumo colaborativo na economia de partilha. Esta edição contou ainda com intervenções na área da gestão do risco: “Descontaminação, documentação e proteção legal” apresentado pela especialista em controlo de infeção Vitoria Banaszak, e na área comportamental: “Organizações positivas e liderança carismática” que esteve a cargo da experiente Formadora e Coach Carla Afonso.
Num artigo intitulado “Consumo Colaborativo em Portugal” de 22.01.2016, a revista Economias.pt declara: “Se não sabe o que é o consumo colaborativo, então pode estar a perder dinheiro.”
Conhecer esta nova forma de economia, que certamente veio para ficar convivendo com a economia tradicional, é fundamental para compreender e para tomar decisões de gestão neste novo contexto económico. O II Seminário MedSUPPORT encerrou os trabalhos com a clara sensação que muito mais haverá a estudar e debater acerca das novas realidades que terão cada vez mais interferência no trabalho e na gestão das clínicas dentárias.
No artigo de junho o JornalDentistry visitou a MedSUPPORT – Engenharia & Apoio à Decisão Lda. nas suas instalações de Lisboa e entrevistou a Eng.ª Sónia Santos. Da entrevista aqui fica a última questão.
Falou-nos de desafios. Qual o próximo desafio da MedSUPPORT?
O nosso maior desafio é continuar a trabalhar em prol dos clientes MedSUPPORT, com dedicação e empenho contribuindo para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde em Portugal, para a segurança e satisfação dos utentes e por último, mas não menos importante, para a melhoria da qualidade de vida dos profissionais de saúde que confiam em nós.